Taxas de juros caem pelo 9º mês seguido, aponta Anefac

 

Por G1

 


 
Cheque Especial apresentou a maior taxa de juros em novembro — Foto: Divulgação/Internet Cheque Especial apresentou a maior taxa de juros em novembro — Foto: Divulgação/Internet

Cheque Especial apresentou a maior taxa de juros em novembro — Foto: Divulgação/Internet

 

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a cair em novembro, apresentando a 9ª redução consecutiva, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).

Cinco das seis linhas de crédito pesquisadas reduziram as taxas de juros no mês (juros do comércio, cartão de crédito, crédito direto ao consumidor-bancos e financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras). A única que subiu foi a do cheque especial - veja mais detalhes abaixo.

 

Pessoa física

 

A taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 0,15%, passando a taxa de juros de 6,86% ao mês (121,71% ao ano) em outubro para 6,85% ao mês (121,46% ao ano) em novembro. A taxa é a menor desde abril de 2015 (6,77% ao mês – 119,48% ao ano).

 

Cartão de crédito

 

Nas operações com cartão de crédito, houve uma redução de 0,43%, passando a taxa de 11,7% ao mês (277,26% ao ano) em outubro para 11,65% ao mês (275,24% ao ano) em novembro. A taxa é a menor desde janeiro de 2015 (11,22% ao mês – 258,26% ao ano).

 

Cheque especial

 

O cheque especial apresentou alta de 0,68%, passando a taxa de 11,76% ao mês (279,7% ao ano) em outubro para 11,84% ao mês (282,97% ao ano) em novembro. A taxa é a maior desde agosto de 2016 (11,86% ao mês – 283,79% ao ano).

 

Juros do comércio

 

Os juros do comércio tiveram redução de 0,39%, passando a taxa de 5,16% ao mês (82,9% ao ano) em outubro para 5,14% ao mês (82,48% ao ano) em novembro. A taxa é a menor desde fevereiro de 2015 (5,1% ao mês – 81,65% ao ano).

 

Crédito direto ao consumidor – bancos e financiamento de automóveis

 

Houve uma redução de 1,12%, passando a taxa de 1,79% ao mês (23,73% ao ano) em outubro para 1,77% ao mês (23,43% ao ano) em novembro. A taxa é a menor desde fevereiro de 2014 (1,75% ao mês – 23,14% ao ano).

 

Empréstimo pessoal - bancos

 

Houve uma redução de 0,52%, passando a taxa de juros de 3,86% ao mês (57,54% ao ano) em outubro para 3,84% ao mês (57,17% ao ano) em novembro. A taxa deste mês é a menor desde janeiro de 2015 (3,75% ao mês – 55,55% ao ano).

 

Empréstimo pessoal - financeiras

 

Houve uma redução de 0,72%, passando a taxa de juros de 6,90% ao mês (122,71% ao ano) em outubro para 6,85% ao mês (121,46% ao ano) em novembro. A taxa é a menor da série histórica.

 

Pessoa jurídica

 

Houve uma redução de 0,55% na taxa média da pessoa jurídica, passando de 3,64% ao mês (53,58% ao ano) em outubro para 3,62% ao mês (53,22 ao ano) em novembro. A taxa é a menor desde dezembro de 2014 (3,54% ao mês – 51,81% ao ano).

 

Perpectivas

 

As reduções podem ser atribuídas, de acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac, à melhora do cenário econômico com crescimento da economia, o que reduz o risco da inadimplência e possibilita redução das taxas de juros e spreads, mesmo com a manutenção da taxa de juros básico Selic em 6,5%.

Para os próximos meses, Ribeiro acredita que a tendência é que as taxas de juros continuem sendo reduzidas, mas ele cita que há fatores que podem mudar a direção, como incertezas econômicas que vêm pressionando a cotação do dólar, quadro econômico em algumas economias emergentes como Argentina, Turquia e África do Sul, elevação dos juros americanos, a guerra comercial EUA x China e sinalização do Banco Central de elevação da taxa básica de juros frente a todos esses cenários.